terça-feira, 6 de outubro de 2009

Rio de Janeiro terá acesso à Internet por Wi-Fi nos Jogos Olímpicos de 2016

Redação Portal IMPRENSA

O Rio de Janeiro (RJ), cidade escolhida como sede das olimpíadas de 2016, tem em seu projeto a oferta de Internet de alta velocidade, sem fio e gratuita. O objetivo é garantir a navegação em qualquer ocasião, a qualquer hora a todos os visitantes da cidade, que derrotou, nesta sexta-feira (2) - em ordem - Chicago, Tóquio e Madrid.

"Proporcionar uma ótima experiência para os espectadores através de uma série de equipamentos de comunicação, além de fornecer conexão de alta velocidade para atletas e agências fotográficas", descreve o projeto.

No entanto, como a implantação do projeto dependia da escolha do Rio de Janeiro como cidade-sede, ainda não foram definidos os equipamentos, tampouco a velocidade e capacidade de transferência de informações da rede.

"Acho difícil prevermos agora o tipo de tecnologia para transmissão de dados e os equipamentos que serão utilizados daqui a sete anos. Mas considero fantástico o fato de as tecnologias serem disponibilizadas para a população, principalmente considerando que a internet proporciona uma grande mobilidade de conhecimento", afirmou Alexandre Cardoso, secretário de Ciência e Tecnologia do Rio.

Para o presidente da Associação dos Engenheiros de Telecomunicações (AET), Ruy Bottesi, o plano de implantação possui uma lacuna grave quando aos equipamentos que serão usados e, para ele, as propostas descritas no projeto são triviais. "Não há novidades, falta apresentar o que o Rio pretende mostrar em 2016 em termos de inovação tecnológica. Do jeito que está, parece que pegamos a tecnologia de 2009 e levamos para um cenário existente daqui a sete anos", afirmou.

Como parte do projeto, a cidade do Rio de Janeiro pretende expandir sua infraestrutura de telecomunicações. Está prevista também a criação de plataformas online chamadas de sites livres para que seja estabelecido um diálogo entre os internautas sobre as experiências dos Jogos.

Cardoso declarou ainda que, até 2010, toda área urbana do estado deverá receber a cobertura da tecnologia Wi-Fi (de acesso gratuito e sem fio à web). Em diferentes partes da capital carioca já existem projetos iguais ao que se pretende oferecer durante os Jogos Olímpicos, o que tranquila especialistas em relação à cobertura, mas preocupa quanto à velocidade de navegação. "O problema não é a cobertura, pois essa estrutura já estará disponível. Mas é importante conseguir uma velocidade satisfatória para navegar", explicou ao portal G1 o presidente da consultoria de telecomunicações Teleco, Eduardo Tude.

Para assegurar boa velocidade de navegação durante as olimpíadas, período em que a capacidade do sistema será mais exigida, Tude sugere investimentos temporários. "É como se você tivesse em sua casa uma internet de 1 Mbps e, quando recebesse visitas por um mês, aumentasse essa capacidade para 5 Mbps. A velocidade sempre será influenciada pela quantidade de pessoas que acessam a rede".

O projeto prevê, ainda, um plano de inclusão digital de populações de baixa renda, que será concretizado por meio de parceria entre o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a Comissão de Candidatura Rio 2016 e o Centro para Democratização da Informática (CDI).

o objetivo da parceria é criar pontos de inclusão digital que estarão ligados a uma plataforma virtual com conteúdo de esporte. Desse modo, internautas poderão utilizar os computadores dos CDIs disponíveis nas comunidades para acessar informações sobre os Jogos. Depois das olimpíadas, os computadores permaneceriam nas comunidades servindo de suporte para o processo de inclusão.

Fonte: http://portalimprensa.uol.com.br


COB Cultural

COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO LEVA CULTURA PARA A FAVELA DA CHACRINHA
11.02.2009 :: 09h35



O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) doou, nesta terça-feira, dia 10, cerca de 50 livros para inauguração da biblioteca do Projeto Miratus - Centro de Treinamento de Badminton, na Favela da Chacrinha, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. Com este tipo de ação social, o COB pretende estabelecer contato com diversas comunidades de baixa renda, afim de difundir o Olimpismo, a prática esportiva e a cultura esportiva no Brasil.

Esta iniciativa ocorreu no Projeto Miratus, que integra os jovens da comunidade através da prática do badminton. O local conta com quatro quadras da modalidade, com piso e material de excelente nível, ideal para ao prática esportiva. A biblioteca estava vazia e foi construída pelo mentor do projeto, Sebastião Oliveira. O COB, através do seu Departamento Cultural, cedeu exemplares de publicações do Selo COB Cultural. A ação contribui para a formação cultural dos jovens, estimulando a leitura e educação. A intenção da entidade é continuar levando a cultura olímpica para outras comunidades. Nesse sentido, já foi estabelecido um contato com o Comitê para Democratização da Informatica(CDI), que montará uma sala de informática no Miratus e atuará em conjunto com o COB em atividades futuras.

Marcus Vinicius Freire, superintendente executivo de esportes do COB, celebrou a iniciativa. "Essa foi uma importante ação social do COB. Estamos muito honrados de inaugurar a biblioteca desse projeto modelo no aspecto social e esportivo, que está se tornando um centro de verdadeiros campeões. O Brasil tem um potencial enorme e esse projeto faz um trabalho exemplar na detecção de talentos. É um exemplo para o Brasil. Estamos muito felizes de estar aqui", enalteceu Marcus Vinícius, aproveitando para traçar um paralelo entre a literatura esportiva e o exemplo de determinação de Sebastião Oliveira. "A criação desse centro maravilhoso de badminton representa o sonho e a conquista pessoal do Sebastião", disse, referindo-se ao livro "Sonho e Conquista", do Selo COB Cultural, que retrata a história olímpica do Brasil, doado à biblioteca do Miratus.

"Agradeço esse passo que o COB está dando no apoio ao Miratus. Essas crianças precisam de oportunidades e estão mostrando valor. Além de disputar competições e jogar com a elite da modalidade, nosso desafio é formar cidadãos que possam disputar com igualdade também por vagas em universidades. Nosso objetivo é dar uma base para a formação do cidadão. Agora, com a ajuda do COB, fica mais fácil", declarou Sebastião Oliveira, diretor do Projeto Miratus.

No âmbito esportivo, o Miratus vem formando talentos que estão despontando em competições nacionais e continentais. Os planos de Sebastião são ambiciosos. "Estamos trabalhando para capacitação de atletas visando os Jogos Olímpicos de Londres 2012. Temos um dos melhores trabalhos de base das Américas. Nossa meta é formar, quem sabe, um medalhista olímpico.

Vencedora do Prêmio Brasil Olímpico em 2005, Renata Faustino é uma das maiores promessas da modalidade no Brasil, já é resultado do projeto Miratus. Ela aprovou a iniciativa do COB em doar livros para a biblioteca local. "Sempre gostei de ler, apesar de não ter o costume. De vez em quanto pegava livros emprestados com amigos da escola, da rua, ou com familiares. Mas agora, com a inauguração da biblioteca, vai ser bem diferente. As prateleiras estão cheias de conhecimento, só esperando a gente chegar", declarou a atleta, de 20 anos e que tem em o 3º lugar no Campeonato Pan-americano Adulto, no Equador, como seu melhor resultado na carreira internacional.

Além da doação de livros, foram exibidos vídeos com temas olímpicos e sorteadas camisas da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Pequim e bonecos da mascote dos Jogos Pan-americanos Rio 2007, Cauê. Os jovens puderam ainda ouvir um pouco da experiência dos ex-atletas olímpicos Marcus Vinicius Freire e Sebastian Pereira. A presença de dois atletas olímpicos empolgou as crianças presentes ao evento.

Um dos participantes do projeto, Ygor Oliveira, de 13 anos, ao ganhar uma camisa do Brasil não se conteve. "Essa daqui é só brinde. A oficial eu quero ganhar depois, nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, integrando a delegação brasileira. Meu sonho é ser campeão olímpico e esses livros vão me ajudar a encontrar o caminho para chegar lá. Quero conhecer tudo de esporte, tudo sobre Jogos Olímpicos, me preparar da melhor maneira possível. Essa biblioteca vai me ensinar muito. Vou ter a chance de crescer ainda mais não só no esporte, mas também na vida", disse Ygor.

O Projeto Miratus desenvolve atividades físicas, educativas e sociais, visando a inclusão social, a integração, ações preventivas de saúde, educação, além da oportunidade da descoberta de novos talentos. O projeto engloba também palestras educativas e culturais, oficinas com temáticas direcionadas com o envolvimento da família, oficinas de geração de renda, participação em festivais esportivos, torneios oficiais, viagens e etc. O Projeto Miratus atende cerca de 2.000 jovens entre 8 e 24 anos.

Fonte: http://www.cob.org.br/noticias/noticias_interna.asp?id=14435

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