quarta-feira, 31 de março de 2010

Com 90% das LAN houses na informalidade, setor ganha projeto de profissionalização

Fonte: UOL - Tecnologia

Estima-se que, no Brasil, existam atualmente 100 mil LAN houses. O número, no entanto, não é preciso: pelo fato de 90% desses estabelecimentos possivelmente viverem na informalidade, ainda é difícil traçar um cenário preciso sobre esses espaços que, segundo o IBGE,
só perdem na popularidade de acesso à web para o ambiente doméstico. Com o objetivo de profissionalizar esse mercado e os profissionais nele envolvidos, o Sebrae e CDI Lan (uma “empresa social” do Comitê para Democratização da Informática) se juntaram, formando o Sebrae-CDI-Lan. O projeto foi apresentado nesta terça (30) a donos de LAN houses de São Paulo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Brasileiros têm dificuldade para dar fim ao lixo eletrônico

Fonte - Fantástico - 07/03/2010

Se for descartado de qualquer jeito, coloca em risco a saúde de muita gente e do planeta. Mas dar um destino ecologicamente correto ao lixo eletrônico pode não ser tão fácil assim.

Sabe aquela TV quebrada, aquele computador ultrapassado que não serve para mais nada? Um relatório da ONU revelou que o Brasil é o país emergente que produz o maior volume de lixo eletrônico por habitante. O Fantástico mostra que não é nada fácil dar cabo dessas tranqueiras.

Veja dicas do Instituto Gea para se livrar do lixo eletrônico

Impressora quebrada, secretária eletrônica antiga e o rádio-relógio: tudo isso é lixo eletrônico. São 40 milhões de toneladas por ano, no mundo inteiro. “Todos esses aparelhos velhos contêm materiais tóxicos dentro”, explica Ana Maria Luz, ambientalista do instituto GEA.

Ou seja: se forem descartados de qualquer jeito, colocam em risco a sua saúde e a do planeta. Só que dar um destino ecologicamente correto ao lixo eletrônico pode não ser tão fácil assim.

Nós fizemos um teste em três capitais: São Paulo, Fortaleza e Vitória.

Como tantos brasileiros, o aposentado Guilherme Filgueiras, Vânia e o administrador de empresas Marcelo Cavarzere têm um monte de tranqueiras em casa.

A repórter Renata Cafardo pergunta para o Marcelo o que ele poderia fazer com o aparelho de som quebrado. “Na minha opinião, isso é lixo”, comenta o administrador de empresas.

O desafio de Marcelo é ligar para prefeituras e empresas em busca de informações. Em São Paulo, o fabricante da secretária eletrônica de Marcelo informa que não recolhe o produto. A prefeitura, por sua vez, fala para entrar em contato com a subprefeitura de Santana, o bairro onde Marcelo mora. A atendente diz que pode mandar buscar o equipamento.

Marcelo: E o que vocês fazem com isso?
Atendente: Eles levam para um terrenão em que eles jogam as coisas.
Marcelo: Eles levam para um terrenão e jogam as coisas, é isso?
Atendente: Eles separam, e o que não vai eles jogam no terreno.

Em nota, a subprefeitura de Santana garante que houve um mal-entendido. O lixo, diz o texto, é encaminhado para cooperativas cadastradas.

Em Fortaleza, mais jogo de empurra dos órgãos públicos. Na secretaria de Meio Ambiente do município ninguém atende, em pleno horário comercial. Guilherme liga para a empresa que recolhe o lixo da cidade, e a orientação é procurar a Federação das Indústrias do Ceará. “Aqui, no Ceará, eu não tenho conhecimento de pessoas que recebam esse tipo de material”, informa a atendente.

E em Vitória? Depois de nove ligações para lugares diferentes, Vânia consegue falar com o atendente do programa "Bota Fora", da prefeitura. Ele conta o que é feito com o lixo eletrônico coletado: “o lixo coletado é jogado fora, lá para os lados de Cariacica, esses cantos aí. Quem joga lá é a empreiteira. É um lixão lá que eles têm mesmo”.

A prefeitura de Vitória negou, também em nota, esse tipo de prática. Para Vânia, Marcelo e Guilherme, o sentimento é de frustração. “Fica complicado se desfazer de uma maneira correta”, reclama o aposentado Guilherme Filgueiras.

Nosso teste mostrou que o brasileiro ainda recebe muitas informações confusas. Afinal, o lixo eletrônico é responsabilidade dos fabricantes ou do governo? Não foi aprovada, até hoje, uma lei federal para regulamentar a questão.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos se arrasta há 19 anos no Congresso. “Dezenove anos é um pouco inexplicável para um projeto de lei tão necessário ficar esse tempo todo aí”, declarou o analista ambiental Felipe Andueza.

Enquanto isso, o consumo não para de crescer. Este ano, a expectativa da indústria é de vender 14 milhões de computadores e 68 milhões de celulares. Ou seja: vem muito mais lixo por aí.

E o que o consumidor deve fazer se tiver um produto eletrônico que ele não usa mais em casa? “O consumidor deve ligar para a indústria que produziu o seu equipamento e perguntar se ela tem algum programa de coleta e reciclagem desse equipamento”, diz Felipe.

Se a empresa não tiver, uma opção é procurar instituições, como uma em Guarulhos, São Paulo. Nela, os aparelhos são consertados e doados a escolas públicas e comunidades pobres.

A sucata que não dá para reaproveitar segue para empresas certificadas de reciclagem. “Mesmo dando um pouquinho de trabalho, pesquisa. Você vai ajudar a formar a cultura desse novo mercado de reciclagem que o Brasil tanto precisa”, declarou Rodrigo Baggio, diretor do Comitê de Democratização de Informática.

O importante é ter certeza de que o seu eletrodoméstico não vai parar em qualquer lixão ou "terrenão" por aí.

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terça-feira, 2 de março de 2010

CDI Europa usa smartphone para inclusão digital

Fonte - O Globo - 02/03/2010

Programa em Londres dará treinamento para criar aplicativos

O CDI Europa lança amanhã no Reino Unido, o programa piloto “Apps For Good” (“aplicativos para o bem”), com o objetivo de ajudar jovens em comunidades de baixa-renda a usarem, criarem e desenvolverem aplicativos de celular. O lançamento será no Centro Comunitário High Trees, na periferia londrina de Lambeth, região que registra desemprego elevado e altos índices de homicídio. O evento vai marcar também a abertura da primeira escola CDI – criada no Brasil em 1995, como Comitê para Democratização da Informática – na Europa.

O ponto-chave do “Apps For Good” é oferecer treinamento tecnológico com base no sistema operacional Android, da Google. Ou seja, educação para gerar empregabilidade e empreendedorismo.

“Não é sempre que soluções sociais do Sul são levadas para o Norte. O modelo de educação do CDI foi criado no Brasil e teve grande impacto social – disse Iris Lapinski, diretora do CDI Europa. – Esperamos tornar o “Apps For Good” um modelo para inclusão social.

O lançamento marca ainda a primeira Semana de Inclusão Digital fora da América Latina, de 3 a 10 de março.