TECNOLOGIA
ABC do mundo digital
O desafio de ampliar a estrutura de telecomunicações em SC vai além dos projetos envolvendo redes e equipamentos. Superar a barreira do analfabetismo digital que predomina nas populações mais isoladas do Estado é condição básica para que a nova cobertura dos serviços funcione em plenitude.
Embora reconheça os grandes avanços na popularização dos serviços de telecomunicações nas últimas décadas, o presidente do Comitê para Democratização da Informática (CDI) de SC, Antônio Póvoas Dias, defende que a internet ainda tem muito o que caminhar, principalmente rumo às periferias.
E é com este propósito que o CDI promove cursos de capacitação para comunidades carentes do Estado. Dias diz que treinamentos aparentemente simples são capazes de fazer grande diferença para os usuários.
– São cursos para ensinar a pessoa a fazer um currículo, a pesquisar na rede oportunidades de emprego e a fazer um panfleto divulgando o seu trabalho. Detalhes que representam um ganho muito grande para estas comunidades – destaca.
Jovens empolgados com novos recursos
O projeto de Chapadão, envolvendo governo e iniciativa privada, que viabilizou a internet via rádio nos órgãos públicos, deve mobilizar toda a comunidade, avalia Dias.
– As pessoas devem refletir sobre a qualidade de vida que levam e como podem melhorar isso com o uso da tecnologia na educação e na capacitação profissional.
Lá, a nova tecnologia tem conquistado adeptos, principalmente entre os mais jovens. O curso de informática, oferecido pelo poder público em 2008, formou 80 pessoas em Chapadão, a maioria estudantes. Para este ano, outras 120 são esperadas.
Na Escola Básica Otília Müller, onde o laboratório de informática passa por adequações, os alunos utilizam a internet para pesquisas no computador da biblioteca. No canto da sala, a máquina divide espaço com velhos exemplares da enciclopédia Barsa. Estudantes do primeiro ano do ensino médio, Naiara Hintemann, 14 anos, Maiara Franz, 14, Jean Carlos Momm, 15, e Ademir de Oliveira, 17, já foram treinados.
Dos quatro, apenas Naiara tem computador com internet em casa.
– Agora, ficamos sabendo das notícias bem mais rápido – comemora Jean, que recorre à casa de amigos para acessar a web fora da escola.
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