quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Comunidade do Santa Maria participa do projeto Amigos do Planeta

Fonte: Última Hora News

Comunidade do Santa Maria participa do projeto Amigos do Planeta 
 Além de promover a inclusão digital nas comunidades, o projeto estimula a geração de emprego e renda
Agência Sergipe de Noticias
Foram iniciadas nesta segunda-feira, 5, as aulas do projeto itinerante de capacitação tecnológica das Casas Bahia, Amigos do Planeta - Inclusão Digital, realizado no bairro Santa Maria com o apoio da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides). Além de promover a inclusão digital nas comunidades, o projeto estimula a geração de emprego e renda, melhorando a qualidade de vida das famílias e incentivando a participação da população nas atividades sociais.
Para viabilizar a execução da iniciativa, que oferece acesso à informação, educação e cultura, a Seides cedeu o espaço físico com todos os aspectos necessários para a instalação da estrutura. Estão sendo ofertados 21 cursos com duração de 18 dias desenvolvidos para pessoas a cima de 13 e 15 anos, além de crianças entre 7 e 12 anos.
"A Casas Bahia está chegando em Sergipe, já temos uma unidade em Aracaju. Acreditamos ser importante levar nosso projeto à comunidade, que funciona como uma escola digital totalmente gratuita, para que toda a população tenha a oportunidade de participar. A receptividade da população tem sido muito positiva, já percorremos várias regiões do Brasil e a cada nova edição superamos o índice de inscrições", destacou a diretora de marketing da empresa, Flávia Altheman.
A estrutura montada em frente ao Colégio Vitória de Santa Maria conta com um caminhão e duas tendas para abrigar as oficinas gratuitas em três diferentes áreas físicas: Circuito de Aprendizagem, Projeto Conexão e Inclusão Digital.
"A empresa precisava de toda a logística para que a infraestrutura dela pudesse ser implantada, além do apoio na divulgação. Fizemos uma análise sobre o tipo de qualificação que eles oferecem e sobre o perfil do público que eles buscavam. Acho que foi um casamento perfeito, pois a Casas Bahia trabalha com público de baixa renda, assim como a Seides", explicou a diretora de Renda e Cidadania da Seides, Heleonora Cerqueira.
De acordo com ela, a partir desse foco a sugestão foi que o projeto fosse realizado no bairro Santa Maria, onde ainda há um elevado índice de pobreza. "Facilitamos as articulações junto aos órgãos estaduais para que pudessem atender às necessidades do projeto. A Seides também irá custar a energia utilizada no projeto", acrescentou.
Marcelo Espírito Santo, coordenador do Comitê para a Democratização da Informática, órgão responsável pela realização dos cursos apontou o objetivo do projeto. "Como ficamos durante cerca de um mês na cidade, oferecemos o melhor conteúdo em um curto espaço de tempo. Esse ano começamos com dois cursos novos, como os circuitos de aprendizagem para pequenos empreendedores e para o primeiro emprego", declarou.
Nos quatro anos de projeto, a participação média tem sido de mil pessoas por cidade. "No início do ano realizamos uma reunião para delimitar algumas regiões e um dos focos escolhidos foi o Nordeste. Dentro das cidades que escolhemos, buscamos os bairros com menor Índice de Desenvolvimento Humano, é o caso do Santa Maria".
Cursos
No caminhão da Inclusão Digital os cursos são de Introdução à Informática, Word, Power Point, Excel, Internet Para Comunicação, Internet Para Serviços, Blog, Edição de Áudio, Edição de Imagem, Edição de Vídeo, Animação, Inclusão Digital Para Crianças, Internet Para Crianças e Animação Para Crianças.
A beneficiada Antoniely Bezerra, de 15, destacou que o aprendizado escolhido vai facilitar sua escolha profissional. "Estou fazendo o curso de orientação vocacional, pois sempre pensei em ser advogada, mas como ainda sou nova, é sempre bom fazer esse curso para ter certeza da minha escolha".
Na Tenda 1 acontece o Projeto Conexão com cursos que envolvem a orientação, aprimoramento e vocação profissionais. São eles: Curso de Assistente Administrativo, Atendimento e Vendas e Telemarketing. As palestras de Economia Doméstica e `Como Escolher sua Profissão` também são desenvolvidas na primeira tenda.
Já os assuntos abordados na Tenda 2, no Circuito de Aprendizagem, têm base orientações práticas de empreendedorismo e primeiro emprego.

Cursos grátis de informática, telemarketing e outros

Fonte: Aracaju Virtual

Cursos grátis de informática, telemarketing e outros

Valéria Bezerra / Equipe AV
Para quem quer um curso rápido, com qualidade e gratuito, um projeto que entra em seu quarto ano, porém chega pela primeira vez em Aracaju – Amigos do Planeta – Inclusão Digital – vem desenvolvendo um excelente trabalho junto aos moradores do bairro Santa Maria. O projeto é uma iniciativa da empresa Casas Bahia com apoio operacional do CDI (Comitê pela Democratização da Informática), uma ONG que tem por missão transformar vidas e fortalecer comunidades de baixa renda através do uso das tecnologias da informação e comunicação.

O projeto já percorreu por diversas regiões do Brasil, e neste mês de novembro está oferecendo os serviços de qualificação e capacitação profissional e de inclusão digital para todas as pessoas que previamente tenham feito as suas inscrições. “A cada semana as inscrições serão abertas da quinta até o sábado, para que os educandos possam participar na semana seguinte do curso que se inscreveu”, afirmou Marcello M Espirito Santo, Coordenador de Projeto do CDI. Além dos cursos também estão sendo realizadas palestras sobre economia doméstica e como escolher sua profissão.  Somente nesta primeira semana mais de 300 pessoas estão participando dos cursos.

O projeto será realizado em Aracaju até o dia 24 de novembro, onde a população terá acesso a um caminhão montado como uma escola de informática, especialmente estruturado para esses cursos gratuitos. “Os cursos são abertos para todos, acima de sete anos. São cursos básicos, como introdução à Informática, pacote Office e internet para Comunicação, até aulas mais elaboradas, como de edição de áudio e imagem e animação”, assegurou o Coordenador.

No local, os interessados poderão conferir ainda a tenda do Projeto Conexão, que terá cursos de auxiliar administrativo, técnicas e habilidades em Vendas e Telemarketing. Já no Circuito Aprendizagem, os destaques serão empreendedorismo – para os que querem abrir seu próprio negócio – e primeiro emprego - para os que buscam uma oportunidade no mercado de trabalho. Todos os módulos oferecem certificados de participação.

O projeto Amigos do Planeta - Inclusão Digital já atendeu mais de 60 mil famílias em 25 municípios brasileiros. Na edição passada, o programa passou por oito cidades, onde registrou mais de 7 mil inscrições e quase 5 mil participantes formados. Para as atividades que serão desenvolvidas neste ano, serão quase 1000 vagas disponíveis à população em cada região. 

Os interessados poderão garantir sua vaga a partir da próxima quinta-feira, 08, no Colégio Estadual Vitória de Santa Maria, localizado na Rua A3, s/n°. Para participar, basta comparecer ao local, das 10h às 17h, portando um documento de identidade e ter idade acima de 07 anos. As pré-incrições serão realizadas até sábado, 10.

A partir de segunda-feira, as novas turmas começam e as aulas serão realizadas sempre de segunda-feira, das 14h às 18h, e de terça-feira a sábado, das 09h às 18h (exceto nos domingos).

Serviço 

Amigos do Planeta – Inclusão Digital 
Local: Colégio Estadual Vitória de Santa Maria
Endereço: Rua A3, s/n°, Santa Maria - Aracaju
Funcionamento: Segunda-feira, das 14h às 18h, de terça a sábado, das 09h às 18h.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ações ambientais são premiadas

Fonte: Correio Popular

Ações ambientais são premiadas

Projeto homenageia iniciativas dos setores econômicos voltados à preservação da natureza
Foto: Dominique Torquato/AAN.
Dominique Torquato/AAN
Jonas Donizette (PSB), prefeito eleito de Campinas, discursa durante entrega do prêmio RAC-Sanasa.
 
 A sexta edição do Projeto RAC-Sanasa de Responsabilidade Ambiental, que homenageia iniciativas de todos os setores econômicos com ações voltadas à preservação do meio ambiente, premiou ontem seis trabalhos, entre os 29 participantes da edição. O Hospital Vera Cruz, de Campinas, a tecelagem Ecosimple, de Americana, e a indústria de lubrificantes Vgbio, de Itatiba foram premiadas na categoria Público-privada. O Comitê para Democratização da Informática (CDI-Campinas), o Bazar da Sociedade Brasileira para Reabilitação Crâniofacial (Sobrapar) e o voluntário Manuel Rosa Bueno, que está à frente do projeto Parque de Barão Geraldo, foram os vencedores na categoria Terceiro Setor.

As ações e experiências das empresas, da Administração Pública e de organizações não governamentais (ONGs) com foco em meio ambiente foram apresentadas em 29 reportagens publicadas no Correio, entre fevereiro e agosto, às quintas-feiras. Elas foram avaliados por um corpo de jurados de especialistas na área ambiental e social, que escolheram três iniciativas de cada uma das duas categorias. O Hospital Vera Cruz, a Ecosimple e a Vgbio receberam ouro, prata e bronze, respectivamente, na categoria Público-privada. Já na categoria Terceiro Setor, o CDI-Campinas recebeu ouro, o Sobrapar prata e o voluntário Manuel Bueno ficou com o bronze. Os vencedores foram homenageados durante um almoço realizado ontem à tarde no espaço Vert Eventos.

O prefeito eleito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), esteve no evento. Ele ressaltou a importância da iniciativa e reforçou a necessidade de continuidade do trabalho. “O prêmio está em sua sexta edição e, certamente, até a 10ª edição ele está garantido. É uma iniciativa muito importante para valorizar os trabalhos ambientais da nossa cidade.”

O Prêmio RAC-Sanasa tem como objetivo promover reflexões sobre a degradação do meio ambiente e despertar mudanças de comportamento, dando visibilidade a ações de empresas e do terceiro setor voltadas para a preservação ambiental. O diretor presidente do Grupo RAC, Sylvino de Godoy Neto, ressaltou que o prêmio é um fomentador de boas ações. “Acho que a importância desse prêmio é que ele norteia as pessoas de tal forma que o cidadão vê que sozinho, ou através de um movimento com a comunidade dele, ou através de uma ONG, pode fazer um grande trabalho. E as próprias empresas sabem que podem contribuir e acho que essa sinalização para a sociedade é extremamente importante”, afirmou.

O presidente da Sanasa, Marco Antonio dos Santos, diferenciou o “ser sustentável” do “estar sustentável”. Segundo ele, sustentabilidade não se resume em adquirir as chamadas “ecobags”, vendidas para eliminar as sacolinhas de supermercados, ou na separação da caixinha do leite ou da garrafa pet para o lixo reciclável. “Isto é estar sustentável. O que necessitamos é ser sustentável”, disse. Santos convidou cada um a fazer a sua parte. “O prêmio é um incentivo para que todas as pessoas tratem o meio ambiente como deve ser tratado, com cautela, com cuidado, porque ele cobra duramente as ações negativas que praticamos contra ele.”

Em seu discurso, o diretor editorial do Grupo RAC, Nelson Homem de Mello, elogiou as iniciativas e as pessoas que estão por trás de cada uma delas. “Todas as pessoas que fazem esse tipo de trabalho pensando no bem coletivo são o exato oposto do que a gente chama de egoísmo”, disse. Além dos vencedores, participaram representantes do poder público e empresários.

Premiados pela atuação em defesa do meio ambiente  Público Privado


Foto: O diretor presidente do Grupo RAC, Sylvino de Godoy Neto, premia Irmo Huberto Morelli e Renato Morelli, do Vera Cruz
O diretor presidente do Grupo RAC, Sylvino de Godoy Neto, premia Irmo Huberto Morelli e Renato Morelli, do Vera Cruz
O diretor presidente do Grupo RAC, Sylvino de Godoy Neto, premia Irmo Huberto Morelli e Renato Morelli, do Vera Cruz
OURO - HOSPITAL VERA CRUZ Há 12 anos o Hospital Vera Cruz vem implantando medidas que visam reduzir o uso dos recursos naturais, por meio de coleta seletiva e substituição de equipamentos e materiais por opções menos agressivas. Equipamentos que utilizavam o mercúrio, como termômetros, foram trocados por modelos digitais. O hospital também auxilia a Cooperativa Aliança, de Sumaré, encaminhando 5,4 toneladas de materiais ao mês e garantindo renda para 32 famílias. “Todo esse cuidado faz parte da rotina do Hospital Vera Cruz. E esse prêmio é muito bem-vindo. Agradecemos de todo o coração”, afirmou Irmo Huberto Morelli, presidente do Conselho de Administração do Hospital Vera Cruz e da diretoria executiva do hospital.

Foto: Pedro Claudio da Silva, diretor financeiro da Sanasa, com a premiada Marisa Ferragutt, diretoria da empresa Ecosimple
Pedro Claudio da Silva, diretor financeiro da Sanasa, com a premiada Marisa Ferragutt, diretoria da empresa Ecosimple
Pedro Claudio da Silva, diretor financeiro da Sanasa, com a premiada Marisa Ferragutt, diretoria da empresa Ecosimple

PRATA  -ECOSIMPLE
A Ecosimple, tecelagem de Americana, aumentou seu faturamento em 35% só no primeiro semestre deste ano por produzir e distribuir tecidos ambientalmente corretos. A empresa só produz tecidos a partir de matérias-primas renováveis. A empresa adota o esquema da manufatura reversa, fazendo com que as aparas de retalhos retornem à sua forma original, a fibra de algodão. Em seguida, ela é misturada com fibras originárias da reciclagem de garrafas PET e pode, novamente, ir para os teares e se tornar fio. A separação do material é feita por cooperativas. “Foi uma oportunidade grande que Correio Popular deu para a gente de divulgar esse trabalho, que consideramos muito importante”, afirmou a diretora Marisa Ferragutt.

Foto: O diretor-administrativo do Grupo RAC, Moacir Teixeira Dias, premia Roberto Uvyvari e José Domingos, da Vgbio
O diretor-administrativo do Grupo RAC, Moacir Teixeira Dias, premia Roberto Uvyvari e José Domingos, da Vgbio
O diretor-administrativo do Grupo RAC, Moacir Teixeira Dias, premia Roberto Uvyvari e José Domingos, da Vgbio

BRONZE-VGBIO
A Vgbio foi implantada este ano em Itatiba e tem como meta a preservação ambiental. A empresa tem capacidade de produzir até 170 mil litros de biolubrificantes e 10 mil quilos de graxa de origem vegetal por ano. Os produtos são feitos à base de óleos de soja, nabo-forrageiro, mamona e pinhão-manso. Outra vantagem dos produtos é a redução do descarte e a reciclagem. Depois do uso, o produto volta à empresa e é transformado em outros óleos. “A Vgbio nasceu com uma proposta de desenvolver produtos altamente biodegradáveis”, disse o CEO da Vgbio, Roberto Uyvari Júnior. “Nos sentimos lisonjeados com o prêmio" , complementou o diretor José Domingos Polvere.

Terceiro Setor

Foto: Marco Antônio dos Santos, presidente da Sanasa, entrega prêmio para Jessica Nobrega e Helena Whyte, do CDI Campinas
Marco Antônio dos Santos, presidente da Sanasa, entrega prêmio para Jessica Nobrega e Helena Whyte, do CDI Campinas
Marco Antônio dos Santos, presidente da Sanasa, entrega prêmio para Jessica Nobrega e Helena Whyte, do CDI Campinas

OURO - CID CAMPINAS 
O CDI-Campinas passou a incluir em suas atividades treinamentos e cursos para que adolescentes aprendam como peças podem ser reaproveitadas. No ano passado, a entidade recebeu cerca de mil computadores usados. Eles são revisados por técnicos, funcionários da ONG. Aquilo que pode ser reaproveitado é separado. A cada dois computadores, um novo é montado. “O CDI recebe muito computador que virava lixo e queríamos um projeto que contemplasse essa questão ambiental apesar do nosso foco ser a inclusão digital”, afirmou Jéssica Nóbrega, coordenadora do CDI-Campinas.


Rogério Parada, diretor-comercial da Sanasa, com os premiados Adalberto Luiz Balhe e Cássio Raposo do Amaral, da Sobrapar

PRATA - BAZAR DA SOBRAPARO Bazar da Sobrapar colabora com a diminuição de resíduos de materiais como madeira e eletrônicos. O que chega ao bazar por meio das doações passa por uma triagem e, em seguida, é dividido em três grandes grupos: o que será vendido como está, o que será restaurado e as peças que, devido ao estado bastante prejudicado, precisam ser desmontadas. “Nós fechamos todo o ciclo este ano e fomos coroados com esse grande prêmio que recebemos e que vai repercutir na sociedade com mais pessoas aderindo a nossa ideia”, afirmou Adalberto Luiz Balhe, coordenador do Bazar da Sobrapar.

Nelson Homem de Mello, diretor editorial do Grupo RAC, entrega prêmio para o arquiteto Manuel Rosa Bueno

BRONZE - PARQUE EM BARÃO O arquiteto Manuel Rosa Bueno, iniciou, no final do ano passado, um movimento para transformar uma das mais antigas fazendas de Campinas, a Rio das Pedras, em um parque ecológico em Barão Geraldo. Além da criação de um novo espaço de lazer, a necessidade de preservação da área, tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), é uma das motivações do movimento Pró-Parque de Barão. “O fato do Grupo RAC e da Sanasa apoiarem o nosso movimento é de grande ajuda e é uma retaguarda institucional. Isso dá um novo ânimo e nova motivação.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Enfim uma TI sustentável

 Fonte: Revista Ecológico

Enfim uma TI sustentável

“Ama e faze o que quiseres!” Santo Agostinho

Roberto Francisco de Souza (*) redacao@revistaecologico.com.br
Pessoas e empresas que trazem em seu DNA uma visão da tecnologia para produzir o bem comum podem até jogar fora suas pilhas alcalinas em locais apropriados, mas não são sustentáveis principalmente por isso.
Pessoas e empresas que trazem em seu DNA uma visão da tecnologia para produzir o bem comum podem até jogar fora suas pilhas alcalinas em locais apropriados, mas não são sustentáveis principalmente por isso.
Já não sei ao certo o que é sustentabilidade e antes que o leitor irado inicie um twittaço para me tirar desta coluna, explico o porquê.
O público me consulta e quer saber se sustentabilidade em tecnologia da informação é somente cuidar para que os resíduos da tecnologia não poluam o meio ambiente. Argumento que não. Recorro aos textos sobre a TRIPLE BOTTOM LINE para comprovar que a sustentabilidade vai muito além, mas de pouco adianta. O senso comum me condena, e os gestores mais pragmáticos de TI correm para descartar seus equipamentos de forma ecológica e receber as honras da sustentabilidade para seus negócios. Nem pensam se existe mundo sustentável além desta prática.
As empresas que têm na tecnologia da informação o cerne de seu negócio, em particular, sofrem com o conceito. Para muitas, pouco importa se não são um lugar bom para se trabalhar, desde que plantem árvores e despoluam suas consciências. Mas não deveria ser assim!
Se existem empresas, mineiras inclusive, que desenvolvem bem programas voltados para a conservação do bioma e ainda pensam nas pessoas, também é verdade que muitas organizações de tecnologia são consideradas sustentáveis porque desenvolvem e distribuem à sociedade tecnologias inclusivas, capazes de transformar a realidade de populações inteiras. Não será preciso que limpem sozinhas os oceanos e a órbita da terra. Se fizerem muito menos que isso vão contribuir demais para um mundo melhor. E terá sido por meio da tecnologia! Se criarem novas vagas de emprego, novas profissões e incluírem mais pessoas no mundo do conhecimento terão cumprido um papel importante. Se nos ajudarem a sermos mais democráticos, votarmos melhor, decidirmos melhor e mais frequentemente o futuro de nossas cidades, estarão sendo, de fato, essenciais para a vida no planeta.
Já disse que deviam soltar os bandidos e prender os fiscais, tanto que escuto prefeitos aceitarem crimes ambientais porque, vejam vocês, não têm como fiscalizar. Quanta infração a códigos de postura urbana não é cometida em nome dessa ignomínia!
Pois está aí a tecnologia, centenas de milhares de celulares baratos, equipados com câmera fotográfica e torpedos que, usados corretamente pelo cidadão, podem se tornar instrumentos eficazes de fiscalização e multa para aqueles que só desafiam o bem comum porque não temem serem pegos.
Vão me dizer que faço a apologia do “grande irmão”, sei disso, mas a crítica só valerá se a tecnologia for usada para controlar nossas vidas e não para melhorá-las.
Pessoas e empresas que trazem em seu DNA uma visão da tecnologia para produzir o bem comum podem até jogar fora suas pilhas alcalinas em locais apropriados, mas não são sustentáveis principalmente por isso. Elas carregam aquele espírito de vida que habita as almas de bem e, para essas almas, como nos propõe a boa armadilha de Santo Agostinho, a ordem está dada: ama e faze o que quiseres!

Technotes
Conheça a Social Innovation Exchange e saiba de quantas maneiras a tecnologia pode fazer a diferença: http://goo.gl/9ZDHg

(*) Diretor-geral da Plansis, vice-presidente de Sustentabilidade da Sucesu-MG e presidente do Comitê para a Democratização da Informática - CDI e diretor do Arbórea Instituto.