Fonte: IG Notícias - SP
Há cinco anos, a Escola Estadual Francisco Brasiliense Fusco tinha uma evasão escolar de mais de 20% e 1.200 alunos. Localizada no Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, figurava entre as instituições da região com menor procura por pais para matricularem seus filhos. Também não estava na lista de preferências de professores como local de trabalho.
Hoje, depois de algum investimento em infraestrutura e capacitação de professores, a escola virou modelo para a região. Há cerca de 1.800 estudantes matriculados e 1.500 na fila por uma vaga. O índice de abandono caiu a menos de 1% e a frequência dos professores subiu mais de 30%. E o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) melhorou 81% (saiu de 2,28 em 2008 para 4,12 em 2009).
Esse cenário de 2010 só foi possível por conta de um investimento do Grupo ABC, de Nizan Guanaes, que integra a Associação Parceiros da Educação. Fundada em 2006 pelos empresários Ana Maria Diniz (Grupo Pão de Açúcar) e Jair Ribeiro (CPM Braxis), promove e monitora parcerias entre escolas da rede pública e empresas e empresários. As instituições recebem recursos extras – em torno de 10% do que o governo aplica a cada escola – para melhorar a infraestrutura e o aprendizado dos alunos.
“Fiz uma escola que me orgulho. Ela está com padrão de respeitabilidade na região. É um programa que vale a pena. Nós precisamos conseguir mais empresários. Não é um ato de bondade. É de responsabilidade”, afirma Nizan Guanaes.
Atualmente, a Parceiros da Educação atende 80 escolas em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro, uma no Rio Grande do Sul e uma em Goiás. A meta é fechar o ano com 160 e atingir 500 até 2013. “A rede pública estadual de São Paulo conta com mais de 5.500 escolas. É uma das maiores redes públicas do mundo. As escolas com menores índices de qualidade estão nas periferias das grandes cidades, justamente aquelas atendidas pela Parceiros da Educação”, explica Ana Maria Diniz.
A Escola Estadual Luis Gonzaga Travassos da Rosa, "adotada" pela CPM Braxis, teve um salto de 71% no Idesp comparando-se 2008 com 2009. A média foi de 2,12 para 3,63. Desde 2004, a institução localizada no Jardim Santo Antonio recebeu apoio pedagógico na formação continuada de professores e coordenadores pedagógicos do ensino fundamental em português e matemática.
Com investimentos do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, jarrey Jr e Quiroga, a Escola Estadual Parque Cláudia II, no Parque Santo Antonio, também apresentou melhora no Idesp. No ciclo I houve ganho de 33% (de 2,8 para 3,30 de média) e no ciclo II, 22% (de 1,95 para 2,37).
Parceria
O empresário escolhe uma instituição cadastrada pela Parceiros da Educação que, junto com a direção e os professores, elabora um diagnóstico e cria um plano de ação considerando quatro vertentes: apoio físico-estrutural, apoio à gestão, apoio pedagógico e apoio à integração da comunidade com a escola. O investimento anual gira em torno de R$ 150 mil a R$ 200 mil por escola.
“Decidida a escola, há o investimento de recursos financeiros, materiais e humanos que visa melhorar o aproveitamento escolar do aluno. Usamos a metodologia da secretaria estadual de Educação. O material é excelente. Nosso conceito é pegar algo que exista e implementá-lo de forma mais eficaz”, explica Jair Ribeiro.
De acordo com Ribeiro, há atenção especial na formação continuada dos coordenadores pedagógicos e professores. Eles recebem treinamentos e passam por avaliações – tanto do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) quanto um teste anual criado pela associação em parceria com Fundação Cesgranrio. “Se forem bem avaliados, recebem bônus. Tudo o que fazemos buscamos uma contrapartida da escola. Nosso trabalho não é só de assistencialismo.”
Como muitos empresários não têm tempo de participar “pessoalmente” de todo este processo, a associação indica um profissional que será o “facilitador de parceria”. Ele trabalha como mediador do processo entre empresa e escola e é o responsável por tocar o dia-a-dia do acordo. O compromisso deve durar de cinco a seis anos, período estimado para que a escola possa dar continuidade às ações com apoio da comunidade escolar.
“O verdadeiro dono da escola é a comunidade, não o empresário”, diz Paulo Bilyk, sócio-fundador da Rio Bravo Investimentos, responsável por uma escola em Campos do Jordão.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Catarinenses têm até 30 de abril para aderir à campanha Todo Mundo Pode Mais
Fonte: Floripa News - SC
A captação de recursos, via conta Celesc, para a campanha Todo Mundo Pode Mais, segue até o dia 30 de abril.
Empresários e demais interessados terão a possibilidade de ampliar a inclusão social de crianças, jovens e adultos carentes na Grande Florianópolis, assim como em demais regiões de Santa Catarina, por meio de projeto idealizado pelo Comitê para Democratização da Informática em Santa Catarina (CDI-SC).
Atualmente, em média, 30 pessoas de cada uma das 19 comunidades da Grande Florianópolis são beneficiadas, a cada semestre de aulas. O objetivo é que, em 2010, mil pessoas sejam incluídas digitalmente. Nos Espaços de Cidadania e Inclusão Digital é possível acessar gratuitamente a internet e suas ferramentas e aplicativos, softwares de escritório, além de participar de cursos de informática básica e avançada que contemplem discussões sobre cidadania, visando à participação e transformação individual e social. “Além de recursos também precisamos de voluntários, que possam ministrar os diversos cursos oferecidos e orientar o acesso aos serviços de internet e de softwares e aplicativos para a comunidade”, Heitor Blum S.Thiago, presidente do CDI-SC.
Saiba mais sobre o CDI
O CDI surgiu em 1995, é uma Organização Não Governamental – ONG que utiliza a tecnologia da informação para a construção da cidadania de crianças, jovens e adultos. Atualmente existem 950 CDIs Comunidade, conhecidos também como Espaço de Cidadania e Inclusão Digital, em doze países. No Brasil, oCDI está em 19 estados, em parceria com organizações comunitárias e, em Santa Catarina, o projeto iniciou em 2000. Em junho de 2004 o CDI-SC tornou-se uma organização de utilidade pública municipal, por meio da Lei 6494.
A captação de recursos, via conta Celesc, para a campanha Todo Mundo Pode Mais, segue até o dia 30 de abril.
Empresários e demais interessados terão a possibilidade de ampliar a inclusão social de crianças, jovens e adultos carentes na Grande Florianópolis, assim como em demais regiões de Santa Catarina, por meio de projeto idealizado pelo Comitê para Democratização da Informática em Santa Catarina (CDI-SC).
Atualmente, em média, 30 pessoas de cada uma das 19 comunidades da Grande Florianópolis são beneficiadas, a cada semestre de aulas. O objetivo é que, em 2010, mil pessoas sejam incluídas digitalmente. Nos Espaços de Cidadania e Inclusão Digital é possível acessar gratuitamente a internet e suas ferramentas e aplicativos, softwares de escritório, além de participar de cursos de informática básica e avançada que contemplem discussões sobre cidadania, visando à participação e transformação individual e social. “Além de recursos também precisamos de voluntários, que possam ministrar os diversos cursos oferecidos e orientar o acesso aos serviços de internet e de softwares e aplicativos para a comunidade”, Heitor Blum S.Thiago, presidente do CDI-SC.
Saiba mais sobre o CDI
O CDI surgiu em 1995, é uma Organização Não Governamental – ONG que utiliza a tecnologia da informação para a construção da cidadania de crianças, jovens e adultos. Atualmente existem 950 CDIs Comunidade, conhecidos também como Espaço de Cidadania e Inclusão Digital, em doze países. No Brasil, oCDI está em 19 estados, em parceria com organizações comunitárias e, em Santa Catarina, o projeto iniciou em 2000. Em junho de 2004 o CDI-SC tornou-se uma organização de utilidade pública municipal, por meio da Lei 6494.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
ESTÁ ABERTA A TEMPORADA DE WORKSHOPS NO SOM DA SERRA
Fonte: Pauta Social - RS
Projeto da Escola de Música do Grêmio Recreativo Musical Guapiense.
No dia 17 de março, o Som da Serra recebeu o mestre em flauta doce Carlos Eduardo Schroeter, para fazer a abertura de uma série de workshops oferecidos pelo projeto ao longo de 2010. No primeiro curso, os jovens alunos tiveram oportunidade de aprender um pouco mais sobre a história da música brasileira. O professor iniciou o workshop citando grandes nomes da música, como Patápio Silva, Joaquim Antonio da Silva Calado, Reichert, Zequinha de Abreu, Pixinguinha, Debuzzy e Mozart, e deu um breve histórico de cada um deles. A história de Mozart impressionou os alunos. “Um bom exemplo para vocês é um garoto chamado Mozart. Aos 5 anos, ele já tocava piano e aos 12, fez sua primeira composição”, destacou Schroeter.
O músico ainda contou um pouco sobre sua história musical e de vida, inclusive sobre um acidente que o impossibilitou de tocar por um longo período e que, até hoje, o afeta em algumas execuções. Dentro deste assunto, o professor aproveitou para reforçar técnicas de postura, embocadura, dedos, respiração, posicionamento dos pés e da cadeira. Após falar sobre a história e as origens do choro, além da evolução do gênero como um ritmo genuinamente brasileiro e carioca, Schroeter concluiu o workshop. No final do curso, o flautista executou uma série de clássicos do choro e atendeu aos pedidos dos atentos alunos que marcaram presença no evento.
Carlos Eduardo Schroeter formou-se em flauta em 1985, pela UNIRIO. Entre 1988 e 1996, lecionou na cadeira de flauta nos cursos livres, técnicos e de graduação do Conservatório Brasileiro de Música. No mesmo período, integrou eventualmente a orquestra da instituição. Sua maior realização na música é no magistério, no ensino fundamental. Desde o início dos estudos, atua em conjuntos musicais, predominantemente regionais, de choro.
O Som da Serra é um Projeto da Escola de Música do Grêmio Recreativo Musical Guapiense, patrocinado integralmente pela CRT (Concessionário Rio Teresópolis Além Paraíba), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura – Lei Rouanet e sob a gestão da Criativa Social. Em 2009, o Projeto Som da Serra traz a parceria com a ONG CDI (Comitê para Democratização da Informática), com o objetivo de aprimorar o conhecimento dos alunos às técnicas digitais aliadas a música.
Projeto da Escola de Música do Grêmio Recreativo Musical Guapiense.
No dia 17 de março, o Som da Serra recebeu o mestre em flauta doce Carlos Eduardo Schroeter, para fazer a abertura de uma série de workshops oferecidos pelo projeto ao longo de 2010. No primeiro curso, os jovens alunos tiveram oportunidade de aprender um pouco mais sobre a história da música brasileira. O professor iniciou o workshop citando grandes nomes da música, como Patápio Silva, Joaquim Antonio da Silva Calado, Reichert, Zequinha de Abreu, Pixinguinha, Debuzzy e Mozart, e deu um breve histórico de cada um deles. A história de Mozart impressionou os alunos. “Um bom exemplo para vocês é um garoto chamado Mozart. Aos 5 anos, ele já tocava piano e aos 12, fez sua primeira composição”, destacou Schroeter.
O músico ainda contou um pouco sobre sua história musical e de vida, inclusive sobre um acidente que o impossibilitou de tocar por um longo período e que, até hoje, o afeta em algumas execuções. Dentro deste assunto, o professor aproveitou para reforçar técnicas de postura, embocadura, dedos, respiração, posicionamento dos pés e da cadeira. Após falar sobre a história e as origens do choro, além da evolução do gênero como um ritmo genuinamente brasileiro e carioca, Schroeter concluiu o workshop. No final do curso, o flautista executou uma série de clássicos do choro e atendeu aos pedidos dos atentos alunos que marcaram presença no evento.
Carlos Eduardo Schroeter formou-se em flauta em 1985, pela UNIRIO. Entre 1988 e 1996, lecionou na cadeira de flauta nos cursos livres, técnicos e de graduação do Conservatório Brasileiro de Música. No mesmo período, integrou eventualmente a orquestra da instituição. Sua maior realização na música é no magistério, no ensino fundamental. Desde o início dos estudos, atua em conjuntos musicais, predominantemente regionais, de choro.
O Som da Serra é um Projeto da Escola de Música do Grêmio Recreativo Musical Guapiense, patrocinado integralmente pela CRT (Concessionário Rio Teresópolis Além Paraíba), através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura – Lei Rouanet e sob a gestão da Criativa Social. Em 2009, o Projeto Som da Serra traz a parceria com a ONG CDI (Comitê para Democratização da Informática), com o objetivo de aprimorar o conhecimento dos alunos às técnicas digitais aliadas a música.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Tecnoparque atrai 115 empresas e investimentos de R$ 200 milhões
Fonte: Paranashop - PR
A companhia brasileira de Tecnologia da Informação Tivit é a mais nova integrante do programa Curitiba Tecnoparque, gerenciado pela Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A. A empresa terá uma fábrica de software na capital paranaense para atender o banco HSBC e outros clientes nacionais. Em 12 meses devem ser contratadas 400 pessoas.
Esta é a 115ª empresa a aderir ao Tecnoparque, um programa estratégico da Prefeitura de Curitiba, criado em 2007. Tem como objetivo incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico a partir de incentivos a pesquisa, ao desenvolvimento e inovação nas empresas de base tecnológica.
O estímulo ao desenvolvimento de setores de alta tecnologia em Curitiba, a oferta de oportunidades de capacitação e inserção de jovens no mercado de trabalho, o amplo apoio aos pequenos empreendedores, bem como as parcerias com setores empresariais, investidores e agentes financeiros são algumas das ferramentas usadas pela Agência Curitiba nesta tarefa. As empresas que assinaram a adesão ao Tecnoparque já investiram cerca de R$ 200 milhões e empregaram 16.000 colaboradores diretos.
"A lógica do Curitiba Tecnoparque é induzir a ocupação de áreas urbanas específicas oferecendo incentivos para a pesquisa, desenvolvimento e a inovação tecnológica, principalmente no setor de serviços, também chamadas de empresas limpas", afirma Juraci Barbosa Sobrinho, presidente da Agência Curitiba. "Fomos buscar nas melhores experiências, como a de Turin, na Itália, e Barcelona, na Espanha, os modelos para atrair empreendimentos e hoje somos citados como referência nacional", completa.
Quando o projeto de inovação e a adesão de uma empresa ao Tecnoparque são aprovados pelo Comitê de Fomento - COFOM, a empresa pode obter redução da alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) e isenções parciais ou temporárias para outros impostos municipais. Para isso a empresa precisa se instalar dentro das áreas de abrangência definidas pelo programa. Nessas áreas estão instaladas as principais instituições de ensino superior do Estado e entidades dedicadas à pesquisa, que reúnem cerca de 40.000 estudantes, 3.000 professores e 500 grupos de pesquisas acadêmicas.
Capacitação
A Agência Curitiba também atua com foco na capacitação e desenvolvimento de empreendedores. O programa Bom Negócio, criado em 2005, promove o desenvolvimento econômico local das microrregiões e bairros da cidade oferecendo oportunidades de capacitação, consultoria e acompanhamento de empreendedores. Os beneficiados são principalmente donos de micros e pequenas empresas dos setores industrial, comercial e de serviços, tanto do mercado formal quanto informal.
Desde o lançamento, o Bom Negócio foi promovido em 281 localidades em 66 bairros e formou 8.914 empreendedores. Conforme pesquisas nas empresas participantes foram criados 2.100 empregos diretos, 34% desses mesmos participantes tiveram aumento de faturamento e 54% reinvestiram em seus negócios. Complementarmente, em parceria com o Sebrae-Sistema Fácil, a Agência Curitiba oferece suporte especializado e todas as informações necessárias ao processo de formalização e legalização de pequenos empreendimentos, por meio do programa Profissão Empresário, nas Ruas da Cidadania.
Lapidando Talentos
Entre os esforços para atrair novos empreendimentos, a Agência Curitiba desenvolveu uma estratégia de capacitação e inserção profissional de jovens como parte do programa Curitiba Tecnoparque. Assim foi criado o Lapidando Talentos ? Tecnologia da Informação, uma ação destinada a jovens que cursam o 3º ano ou tenham concluído o ensino médio, em Curitiba e Região Metropolitana. O programa oferece uma oportunidade para que eles possam ser capacitados para trabalhar como programadores de sistemas em nível trainee. O curso dura seis meses (186 horas) e tem 30 horas para capacitação em língua estrangeira.
A iniciativa tem parceria da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Informática (Assespro-PR), do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR), do Comitê para Democratização da Informática do Paraná (CDI), empresas do setor e da Faculdades SPEI, onde acontecem as aulas. "A iniciativa da Prefeitura de envolver-se na capacitação de profissionais na área de TI, com o programa Lapidando Talentos, e o próprio programa Tecnoparque, foram fundamentais na decisão de vir para Curitiba", afirma Edson Matsubayashi, diretor de Desenvolvimento Corporativo e Relações com Investidores da Tivit, que está instalando uma fábrica de software em Curitiba.
Lapidando Talentos - Copa 2014
Em 2009, o Lapidando Talentos ganhou uma versão extra, com foco na Copa do Mundo Fifa Brasil 2014. A proposta é dirigida a alunos do ensino médio da rede pública e para empreendedores certificados pelo Programa Bom Negócio, que tem acesso a um curso de inglês básico gratuito, com duração de aproximadamente quatro meses, na modalidade ensino à distância (EAD). Além de contribuir com a elevação do nível de empregabilidade dos jovens, por meio do ensino de línguas, a iniciativa aprimora o potencial receptivo da cidade em eventos internacionais e focando, especificamente, a Copa. A meta é capacitar 40.000 pessoas até a COPA 2014.
Incentivo à Tecnologia
Curitiba também concede incentivo fiscal para projetos de empresas prestadoras de serviços instaladas no município para investimento em desenvolvimento científico e tecnológico. O Imposto sobre Serviços (ISS) é usado como estratégia de incentivo ao desenvolvimento das empresas pelo Programa ISS Tecnológico. Obrigatoriamente 15% dos recursos são destinados a projetos de até R$ 40 mil em incentivos e o restante acima desse valor.
O programa forma um círculo virtuoso, porque os recursos do incentivo fiscal não saem da cidade. "As empresas são obrigadas a usar pelo menos 80% do valor para adquirir produtos e serviços de empresas de dentro da base do município, criando um importante efeito multiplicador de renda na nossa economia", explica Luiz Eduardo Sebastiani, Secretário Municipal de Finanças. Em cinco anos, foram destinados R$ 37,5 milhões em incentivos fiscais pelo ISS Tecnológico, que atenderam 495 empresas. Para 2010, a previsão do município é destinar mais R$ 6,8 milhões ao programa.
Incubadora
Curitiba também mantém o Parque das Incubadoras Empresariais, administrado pela Agência Curitiba. Atualmente, cinco barracões empresariais estão ocupados por 34 empresas, em 40 módulos. Juntas geram 180 empregos diretos. Além do espaço físico, cada empresa participante recebe capacitação, assessoria e consultoria individualizada durante 12 meses, podendo renovar a permissão por outros 12 meses.
A companhia brasileira de Tecnologia da Informação Tivit é a mais nova integrante do programa Curitiba Tecnoparque, gerenciado pela Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A. A empresa terá uma fábrica de software na capital paranaense para atender o banco HSBC e outros clientes nacionais. Em 12 meses devem ser contratadas 400 pessoas.
Esta é a 115ª empresa a aderir ao Tecnoparque, um programa estratégico da Prefeitura de Curitiba, criado em 2007. Tem como objetivo incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico a partir de incentivos a pesquisa, ao desenvolvimento e inovação nas empresas de base tecnológica.
O estímulo ao desenvolvimento de setores de alta tecnologia em Curitiba, a oferta de oportunidades de capacitação e inserção de jovens no mercado de trabalho, o amplo apoio aos pequenos empreendedores, bem como as parcerias com setores empresariais, investidores e agentes financeiros são algumas das ferramentas usadas pela Agência Curitiba nesta tarefa. As empresas que assinaram a adesão ao Tecnoparque já investiram cerca de R$ 200 milhões e empregaram 16.000 colaboradores diretos.
"A lógica do Curitiba Tecnoparque é induzir a ocupação de áreas urbanas específicas oferecendo incentivos para a pesquisa, desenvolvimento e a inovação tecnológica, principalmente no setor de serviços, também chamadas de empresas limpas", afirma Juraci Barbosa Sobrinho, presidente da Agência Curitiba. "Fomos buscar nas melhores experiências, como a de Turin, na Itália, e Barcelona, na Espanha, os modelos para atrair empreendimentos e hoje somos citados como referência nacional", completa.
Quando o projeto de inovação e a adesão de uma empresa ao Tecnoparque são aprovados pelo Comitê de Fomento - COFOM, a empresa pode obter redução da alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) e isenções parciais ou temporárias para outros impostos municipais. Para isso a empresa precisa se instalar dentro das áreas de abrangência definidas pelo programa. Nessas áreas estão instaladas as principais instituições de ensino superior do Estado e entidades dedicadas à pesquisa, que reúnem cerca de 40.000 estudantes, 3.000 professores e 500 grupos de pesquisas acadêmicas.
Capacitação
A Agência Curitiba também atua com foco na capacitação e desenvolvimento de empreendedores. O programa Bom Negócio, criado em 2005, promove o desenvolvimento econômico local das microrregiões e bairros da cidade oferecendo oportunidades de capacitação, consultoria e acompanhamento de empreendedores. Os beneficiados são principalmente donos de micros e pequenas empresas dos setores industrial, comercial e de serviços, tanto do mercado formal quanto informal.
Desde o lançamento, o Bom Negócio foi promovido em 281 localidades em 66 bairros e formou 8.914 empreendedores. Conforme pesquisas nas empresas participantes foram criados 2.100 empregos diretos, 34% desses mesmos participantes tiveram aumento de faturamento e 54% reinvestiram em seus negócios. Complementarmente, em parceria com o Sebrae-Sistema Fácil, a Agência Curitiba oferece suporte especializado e todas as informações necessárias ao processo de formalização e legalização de pequenos empreendimentos, por meio do programa Profissão Empresário, nas Ruas da Cidadania.
Lapidando Talentos
Entre os esforços para atrair novos empreendimentos, a Agência Curitiba desenvolveu uma estratégia de capacitação e inserção profissional de jovens como parte do programa Curitiba Tecnoparque. Assim foi criado o Lapidando Talentos ? Tecnologia da Informação, uma ação destinada a jovens que cursam o 3º ano ou tenham concluído o ensino médio, em Curitiba e Região Metropolitana. O programa oferece uma oportunidade para que eles possam ser capacitados para trabalhar como programadores de sistemas em nível trainee. O curso dura seis meses (186 horas) e tem 30 horas para capacitação em língua estrangeira.
A iniciativa tem parceria da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Informática (Assespro-PR), do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR), do Comitê para Democratização da Informática do Paraná (CDI), empresas do setor e da Faculdades SPEI, onde acontecem as aulas. "A iniciativa da Prefeitura de envolver-se na capacitação de profissionais na área de TI, com o programa Lapidando Talentos, e o próprio programa Tecnoparque, foram fundamentais na decisão de vir para Curitiba", afirma Edson Matsubayashi, diretor de Desenvolvimento Corporativo e Relações com Investidores da Tivit, que está instalando uma fábrica de software em Curitiba.
Lapidando Talentos - Copa 2014
Em 2009, o Lapidando Talentos ganhou uma versão extra, com foco na Copa do Mundo Fifa Brasil 2014. A proposta é dirigida a alunos do ensino médio da rede pública e para empreendedores certificados pelo Programa Bom Negócio, que tem acesso a um curso de inglês básico gratuito, com duração de aproximadamente quatro meses, na modalidade ensino à distância (EAD). Além de contribuir com a elevação do nível de empregabilidade dos jovens, por meio do ensino de línguas, a iniciativa aprimora o potencial receptivo da cidade em eventos internacionais e focando, especificamente, a Copa. A meta é capacitar 40.000 pessoas até a COPA 2014.
Incentivo à Tecnologia
Curitiba também concede incentivo fiscal para projetos de empresas prestadoras de serviços instaladas no município para investimento em desenvolvimento científico e tecnológico. O Imposto sobre Serviços (ISS) é usado como estratégia de incentivo ao desenvolvimento das empresas pelo Programa ISS Tecnológico. Obrigatoriamente 15% dos recursos são destinados a projetos de até R$ 40 mil em incentivos e o restante acima desse valor.
O programa forma um círculo virtuoso, porque os recursos do incentivo fiscal não saem da cidade. "As empresas são obrigadas a usar pelo menos 80% do valor para adquirir produtos e serviços de empresas de dentro da base do município, criando um importante efeito multiplicador de renda na nossa economia", explica Luiz Eduardo Sebastiani, Secretário Municipal de Finanças. Em cinco anos, foram destinados R$ 37,5 milhões em incentivos fiscais pelo ISS Tecnológico, que atenderam 495 empresas. Para 2010, a previsão do município é destinar mais R$ 6,8 milhões ao programa.
Incubadora
Curitiba também mantém o Parque das Incubadoras Empresariais, administrado pela Agência Curitiba. Atualmente, cinco barracões empresariais estão ocupados por 34 empresas, em 40 módulos. Juntas geram 180 empregos diretos. Além do espaço físico, cada empresa participante recebe capacitação, assessoria e consultoria individualizada durante 12 meses, podendo renovar a permissão por outros 12 meses.
domingo, 4 de abril de 2010
Mais qualidade para as lan houses
Fonte: O Nortão Online - RO
Projeto do Sebrae e do CDI qualificará micro e pequenos empresários do segmento, incluindo base para ensino à distância
Brasília - A popularização dos computadores está mudando o pensamento dos proprietários de lan houses sobre a forma de atuar no mercado. Pesquisa do Comitê Gestor da Internet (CGI) de 2007 mostra que 49% dos acessos à rede são realizados nesses estabelecimentos. O CGI é um órgão governamental criado para coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços internet no país.
Estima-se que existam no Brasil 110 mil lan houses, com um público usuário de cerca de 30 milhões de pessoas, de acordo com o Comitê para Democratização da Internet (CDI). Mas os dados a respeito das lan houses ainda são incipientes pelo grande nível de informalidade do setor, 90%. A maioria é micro e pequenas empresas, que sofrem pelo preconceito, o desconhecimento da atividade e a legislação muitas vezes inadequada.
Um projeto-piloto, lançado na semana passada em São Paulo pelo Sebrae e o CDI, visa exatamente levantar informações sobre o setor e levar conhecimento em gestão e formalização aos proprietários. O Sebrae-CDI-Lan já foi lançado no Rio de Janeiro na semana passada e será estendido para duas cidades do Pará (Marabá e Parauapebas) esta semana.
A fase piloto vai durar quatro meses. O Sebrae-CDI-Lan está apoiado em três ações principais: mapeamento das lan houses no estado, capacitação sobre gestão empresarial e formalização e divulgação e utilização dos produtos Sebrae por lan houses credenciadas. "O projeto mostra que a lan house pode ser um centro de aprendizado, popularizando os recursos da tecnologia da informação. É preciso aproveitar essa grande diversidade de entretenimento e lazer para gerar conhecimento e inclusão social", diz Márcia Matos, coordenadora do projeto no Sebrae.
Ética
Para alcançar este objetivo, as lan houses têm de seguir um código de conduta ética e estar preparadas para oferecer cursos e serviços, investindo em capacitação, orientação e empreendedorismo. Até o fim deste ano, o Sebrae pretende credenciar 400 empresas. "Queremos empreendimentos que estejam totalmente legalizados, com bom gerenciamento, cujosproprietários tenham feito cursos do Sebrae e que conheçam o universo das micro e pequenas e empresas", esclarece.
A partir do credenciamento, as lan houses poderão oferecer todos os cursos de educação a distância, o atendimento online do Sebrae e todos os serviços que estão instalados na plataforma web, como o Bolsa de Negócios e a Feira do Empreendedor Online. A previsão é que no segundo semestre deste ano a maioria dos estados já estejam integrados ao projeto, que conta com as parcerias do UOL, Webjet, entre outros.
Projeto do Sebrae e do CDI qualificará micro e pequenos empresários do segmento, incluindo base para ensino à distância
Brasília - A popularização dos computadores está mudando o pensamento dos proprietários de lan houses sobre a forma de atuar no mercado. Pesquisa do Comitê Gestor da Internet (CGI) de 2007 mostra que 49% dos acessos à rede são realizados nesses estabelecimentos. O CGI é um órgão governamental criado para coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços internet no país.
Estima-se que existam no Brasil 110 mil lan houses, com um público usuário de cerca de 30 milhões de pessoas, de acordo com o Comitê para Democratização da Internet (CDI). Mas os dados a respeito das lan houses ainda são incipientes pelo grande nível de informalidade do setor, 90%. A maioria é micro e pequenas empresas, que sofrem pelo preconceito, o desconhecimento da atividade e a legislação muitas vezes inadequada.
Um projeto-piloto, lançado na semana passada em São Paulo pelo Sebrae e o CDI, visa exatamente levantar informações sobre o setor e levar conhecimento em gestão e formalização aos proprietários. O Sebrae-CDI-Lan já foi lançado no Rio de Janeiro na semana passada e será estendido para duas cidades do Pará (Marabá e Parauapebas) esta semana.
A fase piloto vai durar quatro meses. O Sebrae-CDI-Lan está apoiado em três ações principais: mapeamento das lan houses no estado, capacitação sobre gestão empresarial e formalização e divulgação e utilização dos produtos Sebrae por lan houses credenciadas. "O projeto mostra que a lan house pode ser um centro de aprendizado, popularizando os recursos da tecnologia da informação. É preciso aproveitar essa grande diversidade de entretenimento e lazer para gerar conhecimento e inclusão social", diz Márcia Matos, coordenadora do projeto no Sebrae.
Ética
Para alcançar este objetivo, as lan houses têm de seguir um código de conduta ética e estar preparadas para oferecer cursos e serviços, investindo em capacitação, orientação e empreendedorismo. Até o fim deste ano, o Sebrae pretende credenciar 400 empresas. "Queremos empreendimentos que estejam totalmente legalizados, com bom gerenciamento, cujosproprietários tenham feito cursos do Sebrae e que conheçam o universo das micro e pequenas e empresas", esclarece.
A partir do credenciamento, as lan houses poderão oferecer todos os cursos de educação a distância, o atendimento online do Sebrae e todos os serviços que estão instalados na plataforma web, como o Bolsa de Negócios e a Feira do Empreendedor Online. A previsão é que no segundo semestre deste ano a maioria dos estados já estejam integrados ao projeto, que conta com as parcerias do UOL, Webjet, entre outros.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Projeto pretende usar lan houses como base para ensino a distância
Fonte: Agrosoft - MG
A popularização dos computadores está mudando o pensamento dos proprietários de lan houses sobre a forma de atuar no mercado. Pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) de 2007 mostra que 49% dos acessos à rede são realizados nesses estabelecimentos. O CGI.br é um órgão governamental criado para coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços internet no país. Leia também: Maioria das micro e pequenas empresas não explora as redes sociais.
Estima-se que existam no Brasil 110 mil lan houses, com um público usuário de cerca de 30 milhões de pessoas, de acordo com o Comitê para Democratização da Internet (CDI). Mas os dados a respeito das lan houses ainda são incipientes pelo grande nível de informalidade do setor, 90%. A maioria é micro e pequenas empresas, que sofrem pelo preconceito, o desconhecimento da atividade e a legislação muitas vezes inadequada.
Um projeto-piloto, lançado no dia 30 de março de 2010, em São Paulo, pelo Sebrae e o CDI, visa exatamente levantar informações sobre o setor e levar conhecimento em gestão e formalização aos proprietários. O Sebrae-CDI-Lan já foi lançado no Rio de Janeiro e será estendido para duas cidades do Pará (Marabá e Parauapebas).
A fase piloto vai durar quatro meses. O Sebrae-CDI-Lan está apoiado em três ações principais: mapeamento das lan houses no Estado, capacitação sobre gestão empresarial e formalização e divulgação e utilização dos produtos Sebrae por lan houses credenciadas.
"O projeto mostra que a lan house pode ser um centro de aprendizado, popularizando os recursos da tecnologia da informação. É preciso aproveitar essa grande diversidade de entretenimento e lazer para gerar conhecimento e inclusão social", diz Márcia Matos, coordenadora do projeto no Sebrae.
Para alcançar este objetivo, as lan houses têm de seguir um código de conduta ética e estar preparadas para oferecer cursos e serviços, investindo em capacitação, orientação e empreendedorismo. Até o final de 2010, o Sebrae pretende credenciar 400 empresas.
"Queremos empreendimentos que estejam totalmente legalizados, com bom gerenciamento, cujos proprietários tenham feito cursos do Sebrae e que conheçam o universo das micro e pequenas e empresas", esclarece.
A partir do credenciamento, as lan houses poderão oferecer todos os cursos de educação a distância, o atendimento online do Sebrae e todos os serviços que estão instalados na plataforma web, como o Bolsa de Negócios e a Feira do Empreendedor Online. A previsão é que no segundo semestre deste ano a maioria dos Estados já estejam integrados ao projeto, que conta com as parcerias do UOL, Webjet, entre outros.
O empresário Felipe Baldino, 25 anos, está atento para isso. O público de sua lan house, a Virtual Guelffy, instalada na comunidade Terceira Divisão, na região de São Mateus, extremo leste de São Paulo, é de pequenos empresários que utilizam o ambiente como escritório virtual durante o dia.
"São pessoas que recebem e-mails, mandam e recebem fax e não possuem computador em casa ou um escritório formal. Muitos são informais que atuam no mercado de trabalho", descreve. Cerca de 100 pessoas circulam diariamente na Virtual Guelffy. "Trabalhei como autônomo, fazendo todo o tipo de bico. Na lan house, eu me sinto um agente transformador da minha comunidade, que é uma região excluída do desenvolvimento", afirma.
CONHECIMENTO
A empresária Sueli de Camilo, da Praia Grande, litoral paulista, sabe bem a importância do conhecimento. Com cinco anos de mercado e 30 computadores em sua lan house, Sueli já passou por poucas e boas. "Estou totalmente legalizada e trabalho de acordo com a legislação. Por estar na praia, o meu maior faturamento vem do período de férias. Durante o resto do ano preciso correr atrás de parcerias".
Sueli reclama da falta de mão de obra capacitada para trabalhar com este tipo de negócio. "Trabalhamos com um público muito jovem e o atendimento precisa ser qualificado". A empresária já fez vários cursos do Sebrae, entre eles, o Empretec, e agora está qualificando seus empregados.
Para conhecer mais sobre o projeto, é possível acessar o site do CDI-Lan ou blog do Sebrae ou a Rede de Atendimento, Informação e Orientação e se cadastrar.
A popularização dos computadores está mudando o pensamento dos proprietários de lan houses sobre a forma de atuar no mercado. Pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) de 2007 mostra que 49% dos acessos à rede são realizados nesses estabelecimentos. O CGI.br é um órgão governamental criado para coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços internet no país. Leia também: Maioria das micro e pequenas empresas não explora as redes sociais.
Estima-se que existam no Brasil 110 mil lan houses, com um público usuário de cerca de 30 milhões de pessoas, de acordo com o Comitê para Democratização da Internet (CDI). Mas os dados a respeito das lan houses ainda são incipientes pelo grande nível de informalidade do setor, 90%. A maioria é micro e pequenas empresas, que sofrem pelo preconceito, o desconhecimento da atividade e a legislação muitas vezes inadequada.
Um projeto-piloto, lançado no dia 30 de março de 2010, em São Paulo, pelo Sebrae e o CDI, visa exatamente levantar informações sobre o setor e levar conhecimento em gestão e formalização aos proprietários. O Sebrae-CDI-Lan já foi lançado no Rio de Janeiro e será estendido para duas cidades do Pará (Marabá e Parauapebas).
A fase piloto vai durar quatro meses. O Sebrae-CDI-Lan está apoiado em três ações principais: mapeamento das lan houses no Estado, capacitação sobre gestão empresarial e formalização e divulgação e utilização dos produtos Sebrae por lan houses credenciadas.
"O projeto mostra que a lan house pode ser um centro de aprendizado, popularizando os recursos da tecnologia da informação. É preciso aproveitar essa grande diversidade de entretenimento e lazer para gerar conhecimento e inclusão social", diz Márcia Matos, coordenadora do projeto no Sebrae.
Para alcançar este objetivo, as lan houses têm de seguir um código de conduta ética e estar preparadas para oferecer cursos e serviços, investindo em capacitação, orientação e empreendedorismo. Até o final de 2010, o Sebrae pretende credenciar 400 empresas.
"Queremos empreendimentos que estejam totalmente legalizados, com bom gerenciamento, cujos proprietários tenham feito cursos do Sebrae e que conheçam o universo das micro e pequenas e empresas", esclarece.
A partir do credenciamento, as lan houses poderão oferecer todos os cursos de educação a distância, o atendimento online do Sebrae e todos os serviços que estão instalados na plataforma web, como o Bolsa de Negócios e a Feira do Empreendedor Online. A previsão é que no segundo semestre deste ano a maioria dos Estados já estejam integrados ao projeto, que conta com as parcerias do UOL, Webjet, entre outros.
O empresário Felipe Baldino, 25 anos, está atento para isso. O público de sua lan house, a Virtual Guelffy, instalada na comunidade Terceira Divisão, na região de São Mateus, extremo leste de São Paulo, é de pequenos empresários que utilizam o ambiente como escritório virtual durante o dia.
"São pessoas que recebem e-mails, mandam e recebem fax e não possuem computador em casa ou um escritório formal. Muitos são informais que atuam no mercado de trabalho", descreve. Cerca de 100 pessoas circulam diariamente na Virtual Guelffy. "Trabalhei como autônomo, fazendo todo o tipo de bico. Na lan house, eu me sinto um agente transformador da minha comunidade, que é uma região excluída do desenvolvimento", afirma.
CONHECIMENTO
A empresária Sueli de Camilo, da Praia Grande, litoral paulista, sabe bem a importância do conhecimento. Com cinco anos de mercado e 30 computadores em sua lan house, Sueli já passou por poucas e boas. "Estou totalmente legalizada e trabalho de acordo com a legislação. Por estar na praia, o meu maior faturamento vem do período de férias. Durante o resto do ano preciso correr atrás de parcerias".
Sueli reclama da falta de mão de obra capacitada para trabalhar com este tipo de negócio. "Trabalhamos com um público muito jovem e o atendimento precisa ser qualificado". A empresária já fez vários cursos do Sebrae, entre eles, o Empretec, e agora está qualificando seus empregados.
Para conhecer mais sobre o projeto, é possível acessar o site do CDI-Lan ou blog do Sebrae ou a Rede de Atendimento, Informação e Orientação e se cadastrar.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
TV Cultura Premia donos de Lan Houses
Fonte: TV Cultura
Dois proprietários de lan houses e outras duas pessoas, que tiveram suas vidas mudadas através da inclusão digital, foram homenageadas pelo Prêmio Conexão Cultura. O evento da Fundação Padre Anchieta, responsável pela TV Cultura, foi apresentado ontem (31/01) no auditório Franco Zampari, no Bom Retiro, zona norte de São Paulo.
A premiação foi dividida em duas categorias, sendo elas Práticas de Gestão e Minha História, cada uma considerando dois tipos de centro de acesso à Internet, o público e o pago. Dos doze finalistas, todos presenteados com um troféu feito pelo artista plástico Gilberto Salvador, quatro venceram o concurso.
Considerado o melhor gestor privado, César Cerqueira Lima possui uma lan house em Ponta Grossa, no Paraná. Além de ser um pólo acadêmico para os cursos semipresenciais da Universidade Gama Filho, seu estabelecimento promove a acessibilidade para cegos.
“Os acadêmicos vão lá para fazer a pós-graduação à distância. Além disso, tenho programas adaptados para deficientes visuais e traduzo livros para braile e áudio”, conta Lima.
O pedagogo inaugurou sua lan em 2006, com o desejo de ter um espaço exclusivo para a geração de lucro. No entanto, atualmente ele entende que a função de sua empresa é a de oferecer conhecimento e tecnologia ao público, sem que isso afete sua balança comercial.
“No começo, eu queria apenas ganhar dinheiro. Mas hoje minha visão é diferente, vejo que devo ganhar dinheiro promovendo educação e acessibilidade”, diz ele, que cobra R$1,50 à hora pelo uso dos computadores.
O vencedor do prêmio de melhor gestão de centro público de acesso foi Antônio Wagner de Araújo, coordenador do Programa SeLiga!. Na cidade cearense de Maracanaú, Araújo comanda uma iniciativa que conta com 52 telecentros que, instalados em 47 escolas públicas, beneficiam 26 mil cidadãos.
Na categoria Minha História, dois paulistanos receberam homenagens: Robson Leandro da Silva, pelo uso construtivo de um telecentro municipal, e Sandra Regina Morais, por ter tirado bons proveitos de uma lan house que costuma freqüentar. Em Minha História, foram avaliadas as mudanças ocorridas na vida dessas pessoas em decorrência da inclusão digital.
Dentro do portal Acesse, da Prefeitura, Robson Silva criou o guia Meu Lugar: São Paulo, de programas gratuitos para se fazer na capital paulista. Enquanto Sandra Morais fez um curso básico de chocolates na Internet, para depois preparar o doce e reforçar o pagamento das contas domésticas.
Ainda houve uma premiação decidida pelo público, em votação feita no site do Prêmio Conexão Cultura. Neste caso, o indicado foi Willamy Galvão da Silva, morador de Cruzeta, no Rio Grande do Norte. Willamy monitora um telecentro e tem em seu currículo a organização da 1ª Mostra de Informática e Carreira Profissional de sua cidade.
Organização
Na banca dos júris, o vice-presidente da Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital (ABCID), Paulo Watanabe, disse que uma série de questões pré-definidas teve de ser respondida para definir os vencedores do evento.
“Os principais critérios avaliados foram a desenvoltura dos projetos e o impacto social e individual de cada um deles. Mas também foram levados em conta se os esforços de gestão [dos candidatos ao prêmio] podem ser replicados em outras iniciativas e se as práticas de gestão são inovadoras”, explicou Watanabe.
Anteriormente à premiação, um grupo de célebres debateu o tema “lan house” – e as questões que o cercam. Estiveram presentes o jornalista comunitário Gilberto Dimenstein, o presidente do Comitê para a Democratização da Informática (CDI), Rodrigo Baggio, e o sociólogo Sérgio Amadeu.
Além deles, a subprefeita da Lapa, Soninha Francine, comentou a importância social da Internet e a relevância dos centros de acesso para a inclusão digital no Brasil. Dentre os motivos citados, ela destacou que “a lan house é um espaço de convivência física, coisa que as pessoas temeram que fosse acabar com a ascensão da Internet”.
Dois proprietários de lan houses e outras duas pessoas, que tiveram suas vidas mudadas através da inclusão digital, foram homenageadas pelo Prêmio Conexão Cultura. O evento da Fundação Padre Anchieta, responsável pela TV Cultura, foi apresentado ontem (31/01) no auditório Franco Zampari, no Bom Retiro, zona norte de São Paulo.
A premiação foi dividida em duas categorias, sendo elas Práticas de Gestão e Minha História, cada uma considerando dois tipos de centro de acesso à Internet, o público e o pago. Dos doze finalistas, todos presenteados com um troféu feito pelo artista plástico Gilberto Salvador, quatro venceram o concurso.
Considerado o melhor gestor privado, César Cerqueira Lima possui uma lan house em Ponta Grossa, no Paraná. Além de ser um pólo acadêmico para os cursos semipresenciais da Universidade Gama Filho, seu estabelecimento promove a acessibilidade para cegos.
“Os acadêmicos vão lá para fazer a pós-graduação à distância. Além disso, tenho programas adaptados para deficientes visuais e traduzo livros para braile e áudio”, conta Lima.
O pedagogo inaugurou sua lan em 2006, com o desejo de ter um espaço exclusivo para a geração de lucro. No entanto, atualmente ele entende que a função de sua empresa é a de oferecer conhecimento e tecnologia ao público, sem que isso afete sua balança comercial.
“No começo, eu queria apenas ganhar dinheiro. Mas hoje minha visão é diferente, vejo que devo ganhar dinheiro promovendo educação e acessibilidade”, diz ele, que cobra R$1,50 à hora pelo uso dos computadores.
O vencedor do prêmio de melhor gestão de centro público de acesso foi Antônio Wagner de Araújo, coordenador do Programa SeLiga!. Na cidade cearense de Maracanaú, Araújo comanda uma iniciativa que conta com 52 telecentros que, instalados em 47 escolas públicas, beneficiam 26 mil cidadãos.
Na categoria Minha História, dois paulistanos receberam homenagens: Robson Leandro da Silva, pelo uso construtivo de um telecentro municipal, e Sandra Regina Morais, por ter tirado bons proveitos de uma lan house que costuma freqüentar. Em Minha História, foram avaliadas as mudanças ocorridas na vida dessas pessoas em decorrência da inclusão digital.
Dentro do portal Acesse, da Prefeitura, Robson Silva criou o guia Meu Lugar: São Paulo, de programas gratuitos para se fazer na capital paulista. Enquanto Sandra Morais fez um curso básico de chocolates na Internet, para depois preparar o doce e reforçar o pagamento das contas domésticas.
Ainda houve uma premiação decidida pelo público, em votação feita no site do Prêmio Conexão Cultura. Neste caso, o indicado foi Willamy Galvão da Silva, morador de Cruzeta, no Rio Grande do Norte. Willamy monitora um telecentro e tem em seu currículo a organização da 1ª Mostra de Informática e Carreira Profissional de sua cidade.
Organização
Na banca dos júris, o vice-presidente da Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital (ABCID), Paulo Watanabe, disse que uma série de questões pré-definidas teve de ser respondida para definir os vencedores do evento.
“Os principais critérios avaliados foram a desenvoltura dos projetos e o impacto social e individual de cada um deles. Mas também foram levados em conta se os esforços de gestão [dos candidatos ao prêmio] podem ser replicados em outras iniciativas e se as práticas de gestão são inovadoras”, explicou Watanabe.
Anteriormente à premiação, um grupo de célebres debateu o tema “lan house” – e as questões que o cercam. Estiveram presentes o jornalista comunitário Gilberto Dimenstein, o presidente do Comitê para a Democratização da Informática (CDI), Rodrigo Baggio, e o sociólogo Sérgio Amadeu.
Além deles, a subprefeita da Lapa, Soninha Francine, comentou a importância social da Internet e a relevância dos centros de acesso para a inclusão digital no Brasil. Dentre os motivos citados, ela destacou que “a lan house é um espaço de convivência física, coisa que as pessoas temeram que fosse acabar com a ascensão da Internet”.
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